A influência da mídia: o consumo excessivo de cosméticos por jovens viraliza nas redes sociais

 Carolina Delboni, expert em comportamento infanto juvenil, explica mais sobre os malefícios dessa tendência que ganhou destaque nas redes sociais



Nos últimos dias, jovens influenciadoras, na faixa dos 9 a 14 anos, que criam conteúdos em aplicativos, como o TikTok, falando sobre suas rotinas elaboradas de skincare, vem viralizando nas redes sociais do Brasil e do mundo. Apresentando um abundante número de produtos, que vão desde hidratantes e máscaras, até séruns com ativos para tratamento facial e ácidos, essa realidade chamou atenção dos usuários nos últimos dias. Em decorrência desse movimento, um alerta sobre a antecipação da rotina de cuidados em crianças e adolescentes pairou sobre os usuários das plataformas, levantando discussões do quanto isso pode ser prejudicial, tanto para a pele, quanto para a saúde mental dos mesmos.

 

Quando uma criança ou um adolescente tem acesso ilimitado a conteúdos da internet, passando horas no Tik Tok, YouTube ou outras redes, ele está sendo exposto e bombardeado por uma série de conteúdos, que são muitas vezes fora de sua faixa etária, já que o algoritmo sugere muito além do que ele está acostumado a ver. Temas como: beleza, estética corporal, skincare, cabelo, etc, passam em sua timeline, causando assim interesse e curiosidade, levando o indivíduo a buscar por produtos relacionados para que se encaixe nesse novo padrão recém descoberto”, explica Carolina Delboni, educadora e especialista em comportamento infanto juvenil.

 

Na contramão desse movimento de consumo exacerbado, tendências como o skinmalism, vem ganhando força, termo que une as palavras em inglês “skin” e “minimalism”, que significam “pele” e “minimalismo”, respectivamente. A iniciativa prega pela escolha mais consciente e assertiva de produtos de skincare, já que além do risco psicológico dessas ações, a derme tende a criar barreiras contra agentes e ativos utilizados sem precedentes.

 

Percebendo este novo cenário na indústria de cosméticos, muitas empresas têm produzido fórmulas cada vez mais simplificadas. Recentemente, a francesa Etat Pur chegou ao Brasil, trazendo o conceito de “Nada mais, nada menos”, onde o cuidado moderado e efetivo da pele é sua principal política.

 

Segundo a empresa, que possui um portfólio com 17 SKU’s, a rotina de skincare não precisa ser complicada. “O principal e indispensável é seguir os três pilares: limpeza, hidratação e atuação, que significa atuar nas preocupações pontuais da mesma, como cuidar para promover um envelhecimento saudável e/ou o aparecimento de eventuais manchas e imperfeições, que podem ser tratadas com ativos puros selecionados”, conta Maurilio Teixeira, presidente do grupo Naos Brasil. Estes, além de serem passos simples, são acessíveis ao público, principalmente para aqueles que não estão inteiramente ligados ao universo da beleza e gostariam de iniciar cuidados faciais, o que a marca acredita que possa ser feito facilmente através das informações repassadas de maneira correta.

 

Outro ponto importante ressaltado pela educadora, é não antecipar as etapas da vida durante o período de formação desses jovens, já que preocupações estéticas ou o uso de produtos sem orientação e conscientização dos componentes combinados, podem prejudicar a percepção das crianças sobre si mesmas, além de causar um sério dano à saúde, acumulando toxinas e ativos desnecessários aos seus organismos.


 

Sobre Etat Pur

État Pur nasce de um paradoxo. A indústria da cosmética moderna se desenvolveu com um excesso de produtos e ingredientes ativos, promessas enganosas, soluções milagrosas tudo-em-um, nos deixando muitas vezes desapontados e sem uma resposta realmente eficaz.
 

A dermatologia ensina que não é necessário - e até prejudicial - aplicar um princípio ativo sobre a pele, a menos que seja necessário. Cada ação leva a uma reação, suscetível de conduzir a efeitos descontrolados. Por isso a marca prega um skincare com nada mais, nada menos do que sua pele precisa.

Comentários