10 Dicas para escolher um berçário


Psicóloga e pedagoga revela o que os pais devem levar em conta ao escolher um berçário 




A primeira infância é a fase mais importante do desenvolvimento de uma criança. Pais e mães, ao conhecerem um berçário, muitas vezes  se preocupam com o espaço físico, a limpeza, e a segurança da criança. No entanto, é importante que tanto um berçário quanto uma escola de educação infantil tenham propostas que sejam interessantes a ponto de seduzir as crianças, comprometendo-as com as atividades que são desenvolvidas ao longo do dia. Veja algumas dicas da psicóloga e pedagoga Maria Drummond Gruppi, especialista na 1ª infância e diretora do Ponto Omega, em São Paulo. Confira:
1.O local

 Fatores como proximidade do trabalho, casa ou parentes pode influenciar. Mas a
ntes de mais nada, é preciso investigar se a instituição, na qual pretendem matricular seus filhos, está em condições adequadas e se possui licença de funcionamento da prefeitura, do Corpo de Bombeiros, e da Coordenação de Vigilância em Saúde (Covisa), a qual fiscaliza a cozinha e o lactário.

2.Escola

Prefira estabelecimentos  que sejam claros. Claridade, insolação e ventilação adequada para o bem estar do bebê. "Casas geminadas e sobrados não são, exatamente, as melhores opções. "Escadas e janelas com terraços são sempre riscos a serem evitados, uma vez que a segurança desses locais depende, integralmente, da presença de um adulto”, explica Maria. Cubas, pias e vasos sanitários devem ser adaptados à altura das crianças.

3.Equipe

Outro ponto que os pais devem questionar é o preparo dos profissionais. Eles têm formação acadêmica adequada para exercer a função que ocupam? De acordo com o Conselho Nacional de Educação (CNE), as escolas devem ter ao menos um professor para cada seis a oito crianças (de 0 a 1 ano), um professor para 15 crianças (de 2 a 3 anos) e um professor para cada 20 crianças (de 4 a 5 anos). No Ponto Omega, por exemplo, a média é de três crianças por professor. Os pais também devem ficar atentos ao calendário de atividades da instituição e ao seu projeto pedagógico. 
4.Área de lazer

É recomendável que a instituição de ensino tenha uma área verde bem cuidada e que os parques contemplem piso adequado e brinquedos que atendam às várias faixas etárias. Os tanques de areia devem ser protegidos à noite com capas de lona para evitar contato com dejetos de animais como gatos. “Jardins agradáveis e cuidados com supervisão de um engenheiro agrônomo também são um diferencial”, diz Maria. Para os dias frios e chuvosos, é importante ver se a escola oferece salas internas de recreação, com piso confortável ao toque e capacidade de absorver impactos.
5.Alimentação

Tanto em berçários quanto nas escolas de educação infantil, o local para se fazer as as refeições deve ser amplo,ventilado e protegido do calor. Para os bebês, bancadas para apoio dos pratos devem permitir que os adultos permaneçam de frente para as crianças para alimentá-las, garantindo a interação social sem, contudo, ficarem muito próximos a elas. Para crianças maiores, que podem se alimentar sozinhas, ou com supervisão, é indicado o uso de mesas e cadeiras infantis; afinal, esse espaço deve promover a interação social entre os pequenos. No Ponto Omega, além das refeições serem preparadas em uma cozinha industrial, sob a orientação de uma nutricionista especializada na 1ª infância, um laboratório garante os seus padrões microbiológicos. "Prezamos muito por alimentos saudáveis e diversificados. As nossas verduras são orgânicas e os pais têm a opção de levar porções congeladas para o jantar ou para o fim de semana”, diz Maria.

6.Hora do sono

Locais reservados ao sono e ao relaxamento. “O ideal é que sejam protegidos do barulho e tenham berços e camas para atender à demanda de cada faixa etária", diz Maria. No Ponto Omega, há ainda um conforto extra: lençóis de algodão egípcio 300 fios. Um convite e tanto ao descanso dos pequenos.

7. Atividades realizadas
Alguns berçários possuem aulas como ioga, musicalização, estimulação motora e experiências que envolvem os sentidos. Aulas extracurriculares podem ser oferecidas para o desenvolvimento da criança.

8. Ensino de uma outra língua ( segunda)
É um fator que pode determinar na escolha. Afinal, como nesta fase há uma grande plasticidade neuronal é natural que pais tenham interesse em escolas bilíngues. No entanto, a psicóloga alerta para que o aprendizado não seja forçado e que pais optem por instituições em que tanto o português como o inglês sejam valorizados. O inglês, portanto, deve ser um benefício extra para o aluno.
9. Sala para amamentar
Ao fim da licença maternidade pode ser reconfortante contar com um berçario que possua uma sala, especial, reservada para a amamentação dos bebês. “No Ponto Omega, a “Sala do Peito” garante que as mães continuem a amamentação, mantendo a relação que é única, prazerosa e de grande cumplicidade com seus filhos. Além disso, até o 6º mês de vida do bebê, o almoço das mães é por nossa conta”, diz a psicóloga.

10. Adaptação e acesso aos profissionais da escola
O último ponto e um dos mais importantes destacados pela psicóloga é a adaptação da criança ao novo espaço. Ela deve ser cuidadosa singular e única, pois, cada criança, é uma criança e a relação dela com seus pais implica em como será a adaptação. "No Ponto Omega ela é gradual, poucas horas por dia, com a mãe, se possível, à nossa disposição nos primeiros cinco dias.
Pode acontecer de a criança chorar e, para que pais e filhos se sintam acolhidos e confiantes, o ideal é que o acesso à diretora, pedagoga ou professora seja fácil e rápido. Assim os pais terão conhecimento do que de fato acontece. "Muitas vezes, é só uma desavença com um coleguinha, cansaço ou até mesmo saudades de casa", diz Maria.

Sobre o Ponto Omega
Instalado há mais de três décadas em uma espaçosa casa no bairro dos Jardins, em São Paulo, o Ponto Omega – Centro de Cuidados Infantis Bilíngue – é considerado referência em berçário e educação infantil. A escola, que atende crianças de três meses aos seis anos, conta com uma equipe altamente capacitada e a assessoria de especialistas em áreas como fisioterapia, infectologia e nutrição. Tudo funciona sob a coordenação e o olhar atento de Maria Guimarães Drummond Gruppi. Formada em psicologia e em pedagogia pela PUC de São Paulo, Maria é especialista em primeira infância, com pós-graduação em Clínica Interdisciplinar com Bebês,  pelo COGEAE e com diversos cursos na área, como o Brincar na Constituição do Sujeito, e a Intervenção Precoce, ambos pelo Instituto SEDES Sapientiae.

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