Aprender uma segunda língua durante a infância pode trazer uma série de benefícios ao desenvolvimento do seu filho. Entenda como isso acontece e saiba quais cuidados você deve tomar nesse processo
Por Luiza
Tenente -
A criança
está brincando ou assistindo à televisão, quando, de repente,
balbucia alguma
palavra estrangeira – o que imediatamente é motivo de espanto para os pais. A
cena acontece na casa de muitas famílias brasileiras e é a prova de que os
pequenos, graças à popularização de canais por assinatura, computadores,
tablets e smartphones, são expostos cada vez mais cedo a diferentes línguas.
Diante disso, há famílias que pensam na possibilidade de matricular as crianças
em um curso de outro idioma. Mas será que existe idade certa para isso?
Na faixa
entre 6 meses e 4 anos, há uma janela cerebral nas crianças. Isso significa que
estão se formando circuitos de linguagem. Os neurônios, se estimulados, podem
fazer novas conexões e especializações. Apresentar um novo idioma ao seu filho,
nessa idade, torna a tarefa do aprendizado mais fácil , sim. Há maior chance de
ele falar sem sotaque, já que as estruturas nervosas básicas ainda estão em
formação. Além disso, as crianças aguçam a compreensão auditiva e tornam-se
capazes de distinguir sons semelhantes, como no inglês, bed (cama) e bad (mau).
Só de ouvir, elas já vão absorver a língua assim como fazem com o português.
“Outra consequência é o aumento da agilidade e das competências cognitivas”,
explica Ligia Fonseca Ferreira, professora doutora do Departamento de Letras da
Unifesp (SP).
Além de aprender com muita facilidade e da forma mais correta, quem fala duas ou mais línguas tem maior poder de concentração, de acordo com estudos. Mas os especialistas dividem opiniões sobre esse contato tão precoce: ele não pode confundir a cabeça da criança?
“O melhor é esperar que a criança tenha boa consciência fonológica em seu idioma, para só depois aprender a ler e a escrever em outra língua”, recomenda Antonio Carlos de Farias, neurologista do Hospital Pequeno Príncipe (PR).
Além de aprender com muita facilidade e da forma mais correta, quem fala duas ou mais línguas tem maior poder de concentração, de acordo com estudos. Mas os especialistas dividem opiniões sobre esse contato tão precoce: ele não pode confundir a cabeça da criança?
“O melhor é esperar que a criança tenha boa consciência fonológica em seu idioma, para só depois aprender a ler e a escrever em outra língua”, recomenda Antonio Carlos de Farias, neurologista do Hospital Pequeno Príncipe (PR).
O que
isso significa? Quando seu filho já conseguir perceber rimas e fonemas e
entender como se formam as palavras em português, poderá começar o aprendizado na
língua estrangeira. Isso acontece porque a alfabetização é um processo
simbólico.
Vale lembrar
ainda que há diferentes formas de ser bilíngue. Algumas crianças têm o pai e
mãe de nacionalidades diferentes e acabam desenvolvendo dois idiomas em casa,
desde cedo. “Cada um deve falar em sua língua, sem misturar, para que o filho
em fase pré-escolar não se confunda”, explica Ligia. Outra possibilidade é de
famílias que imigram e têm de aprender a lidar com um idioma no lar e outro na
escola. “O tempo ao qual a criança é exposta a cada língua pode definir a que
ela usará no dia a dia”, complementa a professora. E, o mais comum aqui no
Brasil, é matricular a criança em escolas que incorporem às aulas diárias um
idioma além do português.
Se você está
pensando em escolher uma instituição bilíngue para seu filho, preste atenção no
desempenho dele na Língua Portuguesa primeiramente. Se a criança tem mais de 4
anos e ainda fala com dificuldades, tem atrasos de atenção e problemas de
aprendizagem, é melhor esperar um pouco para ensiná-la uma nova língua. Cabe
aos pais o dever de casa: matricular seu filho em uma escola que seja
acolhedora, calorosa e convidativa. Até para que a família avalie junto o
melhor caminho, respeitando as fases de desenvolvimento de cada criança, não
importa em qual língua.
A minha filha faz inglês na THE KIDS CLUB (unidade II, Cambuí) em Campinas, adoro e recomendo ela aprende brincando como se fosse natural, e é. Eu acompanho as aulas e fico encantada com a compreensão que ela ja tem do idioma.
http://www.thekidsclub.com.br/pais/fique-por-dentro
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Com carinho, Marta Gomis
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